Por Cláudio Oliveira
Já conhecia a situação deplorável que se encontram as instalações da Escola Estadual Hilton Gurgel de castro, o CAIC, em Mipibu, onde estudou em 95% da minha vida escolar. Era uma escola onde se aprendia e se gostava de estar, não que hoje os profissionais de lá sejam ineficientes em suas funções, mas porque havia toda uma estrutura física que acolhia.
Passando por lá estes dias, resolvi rever locais onde brincava, corria, estudava e, enfim aconteciam os primeiros namoricos na pré-adolescência. O que deveria ser apenas melancolia pela saudade de um passado legal, tornou-se em decepção ao ver como se encontram as instalações daquela que foi a minha escola e onde está o passado escolar de boa parte da poulação mipibuenses que estudava lá até o início dos anos 2000.
Convido aos que lá estudaram para relembrar um pouco do que era e de como está hoje o CAIC.
No alto do primeiro andar (lembro que era uma novidade nos anos 90 estudar em primeiro andar) faltam janelas. Isso mesmo, janelas. Fiquei imaginando em dias de chuva, como se improvisa para estudar e percebi como estudava ali confortavelmente comparando-se à situação de hoje.
Por aí era comum brincar, correr. Claro sem tanto mato. Sentar ali embaixo do vão da quadra era muito comum e agradável. Hoje deve ser morada de insetos peçonhentos.
Logo na entrada da escola, um, dois, vários buracos na tela. Era interessante quando a gente ficava ansioso aguardando a hora que o vigia abriria o portão para entrarmos correndo. Hoje, entra-se por qualquer lado.
Até a placa do posto de saúde que funciona no andar de baixo está deteriorada. Em dias sem aulas, custa acreditar que alguém estude ali.
Olhando um pouco para o alto, a janela de onde, de uma das salas vizinhas à biblioteca (um dos meus lugares preferidos) observava-se a rua. A janela praticamente não existe mais.
A caixa dágua que no alto trazia aquele boneco símbolo do Caic (Logomarca da Pronaica - Programa de Atenção Á Criança e ao Adolescente) também não indica mais que ali funciona um estabelecimento de ensino.
Como era divertido escorregar ali naquele pequeno monte antes gramado e hoje cheio de mato. Em horários vagos, ótimo local para jogar conversa fora e se vê o fim da tarde chegar. também servia para estudar.
Quem não identificou, esta aí é a porta de um banheiro/vestiário que fica em frente á mangueira. lembro-me que nunca estava aberto. Não era utilizado. Hoje vive escancarado.
A intenção deste relato não é nem de longe culpar governo A ou B, mas mostrar como as coisas foram boas e como ainda podem ser, basta querer fazer.