Por Cláudio Oliveira/fotos
Os problemas para se ajustar às exigências do Ministério Público e adaptar as dependências do abrigo às condiçoes dos idosos não são os únicos enfrentados pela instituição que depende de doações para funcionar.
O abrigo sobrevive de doações da comunidade e dos poucos familiares dos idosos que ajudam financeiramente, que segundo a diretora cobre as despesas. Há um repasse mensal do Governo Federal no valor de R$ 1.464, no entanto desde o início do ano este repasse ainda está sob o poder da prefeitura, porque faltaram documentos, possivelmente do abrigo para que fossem liberados.
Enquanto isso, as contas continuam presentes. Só na Farmácia a Ir. Iva disse que deve-se mais de R$ 1.500 e o gasto maior é quando um idoso precisa ficar internado: “Geralmente precisa ser internado às pressas em hospital privado. Conseguimos sempre dar o atendimento imediato, mas para isso quase sempre somos obrigados a utilizar hospital privado e o gasto é altíssimo”, revelou.
Alimentos e materiais de limpeza e higiene são doações sempre necessárias no dia-a-dia do abrigo que comporta 33 idosos entre 60 e 103 anos. Alguns sequer conseguem fazer as necessidades fisiológicas sozinhos, por isso, pelo menos 22 utilizam diariamente fraudas geriátricas, material que o abrigo sempre solicita nas doações.
A Ir. Nailsa, que acompanha o trabalho do abrigo, destaca que as doações precisam ser reforçadas e que, apesar de parecer que o abrigo pertence apenas à igreja, a responsabilidade é de todos: “As pessoas precisam entender que o abrigo, estes idosos, não são apenas da igreja, mas de toda a sociedade e vive de caridade, por isso a participação de todos é fundamental”, conclui.
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