NOTA DA REDAÇÃO
Na edição Nº 49, do Informativo Força Jovem, do dia 12 de setembro de 2009, foi publicada na sessão 'Estamos de Olho' a seguinte nota: "Mães de alunos da Escola Clóris Trigueiro dizem que lá estão servindo merenda do dia anterior, por isso, se preocupam se isto não coloca a saúde dos seus filhos em risco." Esta informação chegou até nossa equipe, realmente por meio de algumas mães. Procuramos outras que também confirmaram o fato. Tratava-se de um cachorro-quente que sobrou de um evento da escola e que seria servido para os alunos do pré, mas, por interferência de funcionários do colégio (que orientaram as mães a procurar o informativo) isso não aconteceu com os do pré. A nota foi publicada a pedido das mães e nossa função era divulgar para alertar os órgãos competentes. Ressaltamos que não foi dito que se tratava de merenda estragada, apenas que era comida do dia anterior e havia a preocupação das mães. Nada mais natural!
No entanto, cinco dias após a publicação, o diretor da Escola, Sr. Reginaldo da Silva abordou a integrante da equipe do Informativo, Isabel Cristina, quando ela sequer estava a trabalho do jornal. O diretor, na presença de outras duas pessoas questionou Isabel sobre a origem da informação e porque não fomos ouví-lo antes de publicar.
1º: é do princípio jornalístico ouvir os dois lados, mas também é um princípio desse trabalho alertar a sociedade e autoridades para fatos denunciáveis, se vierem de fontes confiáveis, como foi o caso.
2º: Não somos da Vigilância Sanitária, Prefeitura, nem detetives, apenas abrimos espaço para a comunidade se pronunciar.
3º: é de lei que o jornalista não é obrigado a divulgar suas fontes.
Entretanto, o diretor foi mais agressivo e nos acusou de denigrir a sua imagem e que seria a terceira vez que isso acontece. Acusou-nos ainda de ingratidão ao dizer que é do mesmo partido (político) que ele e nos classificou de 'medíocres' e 'idiotas'. Para terminar, ameaçou entrar na justiça contra a equipe. Tudo isso na sua sala, na Escola.
O diretor deve estar confuso. Em 49 edições, a escola foi matéria em mais de 30. Destas, a minoria abordou fatos negativos. Quando abordados, quase sempre foram informações confirmadas por ele mesmo: problemas com professores, materiais, violência entre alunos, etc.
Referente à sua imagem como diretor, houve uma matéria negativa sobre a forma como ele se comportou, insultando os que se opuseram a ele, ao vencer as eleições para este cargo. Ora, como diretor, o que ele fizer é do interesse da comunidade, sendo assim é pra ser publicado sim! Outra, foi quando publicamos o seu afastamento da direção, em virtude das eleições municipais, o que não chegou a denigrir sua imagem, como ele disse.
No sábado, 19/09, tentamos falar com o mesmo por telefone para agendarmos uma reunião. Ele simplesmente não nos deixou falar e alterou o tom da voz dizendo: " O problema é que vocês não gerenciam o que escrevem e se continuarem assim vão continuar escrevendo 'merda'. Ah, não posso falar com vocês agora!" e desligou o celular.
Esclarecemos que o Informativo não pertence a partido nenhum. Nunca publicamos nada que fosse mentira ou ferisse a moral e imagem das pessoas. Jamais iremos bajular quem quer que seja. Elogiamos quem e quando merece. Criticamos e cobramos quem e quando é necessário. Talvez por isso tenhamos chegado a 2 anos de publicação com grande admiração e respeito dos leitores, inclusive que nem conhecemos pessoalmente.
Lamentamos o comportamento do Sr. Reginaldo e o lembramos que os 'medíocres' e 'idotas' têm feito muito mais pela comunidade com a 'merda' que escrevem, do que muitos outros que se acham soberanos e donos do mundo. Como fazemos, Informar, esclarecer e educar as pessoas é fundamental para o desenvolvimento pessoal e cidadão. Ele deveria saber disso, uma vez que dirige uma escola com centenas de alunos desde o pré até o nono ano. Lamentamos pelos alunos, pelos pais e pela comunidade. E deixamos para os que lêem esta nota interpretarem quem é ‘medíocre’, ‘idiota’ e que faz ‘merda’, como ele nos qualificou.
Atenciosamente e com toda a indignação:
Francicláudio Oliveira/Isabel Cristina/Jaqueline Oliveira/Darlene Alves/Sandra Bezerra/Mônica Oliveira/Leonila Oliveira
3 comentários:
Meus queridos meninos e meninas do Informativo Força Jovem,
compreendo a indignação legítima e oportuna de vocês. No entanto, como a experiência acumulada me permite, sugiro a vocês que não deixem esse episódio tomar proporções negativas. Não é producente para ninguém e, talvez, a melhor saída seja mesmo o diálogo. Deixem passar algum tempo, visto que agora os ânimos estão exaltados, e depois proponham uma conversa esclarecedora, civilizada.
Lhes garanto que, seguindo a filosofia dos grandes sábios, assim como as palavras podem ferir e magoar, também podem sensibilizar e conquistar corações e mentes.
Um forte abraço.
Edilson Avelino (Rio de Janeiro)
Senhor Edilson, compreendemos o seu conselho. A nossa intenção nunca foi comprar briga com ninguém e sempre estivemos abertos ao diálogo. Mas é preciso que o outro lado também esteja. Nós entendemos que, às vezes não dá pra calar diante de certas situações.
Senhores e senhoras,
é de se lamentar fatos como estes.
Eis que me vem na lembrança momentos vividos em meu tempo de estudante no Barão de Mipibu, em que o respeito era um dos princípios.
Pergunto: até onde vai a banalidade da qualidade de vida do ser humano?
Em que estamos contribuindo, cada um na sua profissão e como cidadãos, na construção de uma sociedade esclarecida, saudável, justa...?
Quem mudou para pior? O mundo ou nós? E a quem culpar? O sistema, o governantes, nós, mães, pais, alunos? E o futuro deste país, de Mipibu, dos jovens e crianças?
Para que e por que estamos aqui?
Só isso!
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