terça-feira, 15 de setembro de 2009

Wilma e João Maia se desentendem e discutem

Da Coluna Roberto Guedes
A governadora Wilma de Faria e o deputado federal João Maia, presidente regional do PR, travaram um diálogo fortemente áspero na noite do último sábado, 12, em Patu, pondo em risco a sobrevivência da relação que se vinha estabelecendo entre a chefe do executivo estadual e a “Unidade Potiguar”.

1º Round: Wilma reclamou contra atitudes que João Maia e Robinson Faria, presidente da Assembleia Legislativa e do diretório regional do PMN, adotaram contra ela durante o encontro compartilhado na sexta-feira, com intermediação dos deputados federais Henrique Eduardo Alves, presidente regional do PMDB e líder dessa agremiação na Câmara Federal. Ela alterou a voz e chegou a colocar o dedo em riste, provocando a reação de João.

2º Round: Ele teria mandado que ela retirasse o dedo de perto de seu nariz, porque ainda não teria nascido o homem ou a mulher que fizesse isso impunemente, e falou do desempenho de Wilma, dizendo literalmente que o governo dela se havia acabado há muito tempo e desde então o que se tinha era o do vice-governador Iberê Ferreira de Souza, cuja força a seu ver não tem explicação.

3º Round: Wilma disse que viu na criação da Unidade Potiguar uma tentativa de emparedá-la e garantiu que ninguém conseguirá isso, e entre outras ameaças terminou dizendo que ainda nesta semana, em Brasília, conseguiria com o presidente Lula da Silva destituir João Maia da condição de relator do projeto de regulamentação do pré-sal.

Esse diálogo foi confirmado em Natal por diversos políticos. Segundo fontes que conheceram a conversa de sexta-feira, a aspereza atingiu volume tão preocupante que em dado momento Henrique Eduardo, inventor da Unidade Popular, deixou de tentar intermediar o diálogo entre Wilma e João Maia. Jornais natalenses corroboram esta informação dizendo que, daí por diante, quem assumiu a mediação foi o também deputado federal Fábio Faria, o filho de Robinson, em cuja residência seria realizado um encontro entre eles em Brasília, nesta terça-feira.
A tese reafirma informação veiculada há muito tempo, segundo a qual foi combinando previamente com Wilma que Henrique Eduardo procurou João Maia e Robinson, porque estes tendiam a se afastar do vilmismo como reação contra o prestígio e a concentração de poder que vinham bafejando Iberê ao ponto de um dos políticos mais ligados à Governadora, o deputado estadual Gustavo de Carvalho (PSB), declará-lo o candidato “in pectoris” dela à chefia do Executivo estadual em 2.010.

Um comentário:

Anônimo disse...

Triste.... mas mesmo assim necessario, pois atraves dessas "acusações" discusões sairá coisas que estão escondidas....pois todos tem rabo preso....by marcos cunha

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