Por Cláudio Oliveira/imagens ilustrativas
Quem acompanha os resultados das pesquisas eleitorais às vezes fica confuso quando compara os resultados. No Rio Grande do Norte, o Vox Populi e o Ibope divulgaram recentemente pesquisas realizadas quase nos mesmos dias (07 a 10 / 10 a 13 de agosto) mostrando (sem contar a margem de erro, apenas a média) diferentes resultados: Rosalba Ciarline com 49% e Iberê com 24% na Vox e 48% para Rosalba contra 20% para Iberê, na Ibope. A explicação pode estar na metodologia que cada um dos três maiores institutos do país (Datafolha, Vox Populi e Ibope) utilizam.
O Vox Populi normalmente faz perguntas iniciais, medindo se o entrevistado está atualizado sobre política, além da sua avaliação do governo e dos candidatos. A ordem das perguntas interfere no resultado e obriga o eleitor a pensar antes sobre outros critérios. O Datafolha testa primeiro a opção espontânea. Segundo especialistas, a confiabilidade do resultado é maior quando se vai direto ao ponto.
A escolha do local de abordagem também influencia. Enquanto Ibope e Vox Populi realizam a maioria das pesquisas na casa dos entrevistados, o que permite a estratificação geográfica e por classe social, além da checagem posterior para comparar de forma mais confiável os novos resultados. Já o Datafolha busca os eleitores nos chamados “pontos de fluxo”, como ruas movimentadas. Quem é entrevistado na rua, supostamente sente-se mais livre para responder realmente como pensa.
Há ainda um outro problema: não há como ter total controle sobre a relação entre o entrevistador e o entrevistado e se houve algum tipo de estímulo ou indução, mesmo com um índice de 20% de checagem.
Para o eleitor resta utilizar os resultados das pesquisas apenas como meio de informação e não como fator determiinante de voto. Este fator determinante deve se focar no trabalho, no caráter e, claro, nas propostas dos candidatos, lembrando que há propostas que percebe-se 'de longe' que jamais serão cumpridas.
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