Após 7 anos, Supremo Tribunal Federal (STF) fará julgamento mais longo de sua história a partir de hoje. Trata-se dos envolvidos no que ficou conhecido por mensalão.
reprodução revista Veja
Trata-se de políticos, empresários, diretores de bancos, funcionários públicos e autoridades do governo federal acusados de constituir uma quadrilha para a prática de crimes como lavagem de dinheiro, peculato, corrupção, gestão fraudulenta, e os mais diversos tipos de fraude com o desvio de recursos públicos, concessões de benefícios indevidos a particulares em troca de dinheiro e compra de apoio político, que se processava através da partilha de cargos em instituições públicas e da transferência periódica de vultosas quantias a deputados.
A Corte analisará o caso de 38 réus que responderão por corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, peculato e formação de quadrilha. As sessões de julgamento do mensalão começam nesta quinta-feira (02). A previsão é que até setembro o Brasil já saiba quem são os inocentes e a punição dos considerados culpados.
RELEMBRE O CASO:
Em maio de 2005, começou a vir à tona um dos maiores escândalos de corrupção envolvendo o suposto pagamento de propina, com dinheiro público, a parlamentares que se comprometeriam em apoiar o governo no Congresso Nacional.
Conhecido como mensalão, o esquema foi denunciado na metade do primeiro mandato do presidente Lula com a divulgação de uma filmagem, na qual o chefe do departamento de contratações dos Correios na época, Maurício Marinho, aparece negociando licitações em troca de suborno. No vídeo, ele afirma que tinha o respaldo do deputado federal, Roberto Jefferson (PTB-RJ) para realizar as negociações.
As imagens vazaram porque um dos empresários teria ficado insatisfeito com alguns acordos firmados e decidiu gravar as negociações ilegais para denunciar o esquema. Mas, o que parecia ser uma fraude nas licitações dos Correios, ganhou grandes proporções quando o deputado que estava no centro das denúncias decidiu falar o que sabia e envolver outras personalidades que passaram a ser investigadas.
Sete anos depois, o STF (Supremo Tribunal Federal) vai julgar o caso. São 38 réus no processo, incluindo Roberto Jefferson, José Dirceu e Marcos Valério.
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